domingo, 5 de maio de 2013

Plano de Aula - Equação de 2º grau

Como a construção desse blog é coletiva e participativa, posto aqui uma nova versão do plano de aula postado pela minha colega Tatiane Dias.


Plano de Aula 

Bloco Temático: Números/Relações

Conteúdo: Equação do 2º grau

Público alvo: Alunos no 9ª ano (8ª série)

Habilidades/Competências: H15 (6ªsérie/7ºano) Expressar e resolver problemas por meio de
Equações – Grupo de Competências III e H19 (8ªsérie/9ºano) Resolver problemas que envolvam equações do 2º grau – Grupo de Competências III

Objetivo Geral: Compreender e explorar em diferentes contextos os processos de cálculos para resolução de equações de 2º grau e enfrentamento de situações-problema envolvendo equações.
Objetivos específicos: Estudar as equações do 2º grau com uma incógnita, incluindo os procedimentos de resolução e as propriedades que envolvem as raízes dessas equações e a resolução de alguns problemas que utilizam equações desse tipo.

Justificativa: Justifica-se este estudo, pois, contribuirá com entendimento referente à utilização da equação de 2º grau em nosso dia-a-dia; o estudo da equação demonstra a necessidade de conhecimento de formas de resolução, relacionando aplicações e aspectos históricos. Instigar a curiosidade e interesse do aluno são peças chave para a aprendizagem.

Procedimento:

Aula I:
- Levantamento dos conhecimentos prévios que os alunos possuem sobre equação através da roda de conversa;
- Contextualização histórica sobre o surgimento das equações de 2º grau a partir da leitura de um texto de cunho didático (sugestão – texto encontrado no site http://www.mat.ufrgs.br/~portosil/bhaka.html )
- Proposição de um problema envolvendo a transposição da situação para uma equação do 2º grau.


Aula II:
- Retomada do problema proposto na aula anterior e da equação gerada a fim de buscar soluções para a equação por meio do método de completar quadrados;
- Proposição de um novo problema com o objetivo de permitir que os alunos transcrevam a situação para a linguagem matemática através de uma equação do 2º grau e busquem maneiras de resolvê-la.


Aula III:
- Retomada da aula anterior de modo a socializar os procedimentos de resolução encontrados pelos alunos;
- Formalização do método de completar quadrados e resoluções de equações do 2º grau a partir deste método.


Aula IV:
- Leitura do poema “Brincando com a Matemática” de Leoni Muniz (para lê-lo clique abaixo em continue lendo). Elaboração de problemas que utilizem em contextos práticos entre as relações de proporcionalidade direta entre uma grandeza e o quadrado de outra por meio de uma função de 2º grau.

Recursos:
Textos didáticos, poemas matemáticos, caderno do aluno 9ºano/8ªsérie do 2ºBimestre, lousa, giz

Avaliação: Verificar se os alunos desenvolveram as seguintes habilidades, por meio de observação na resolução de problemas, na participação em grupos e na socialização das respostas: Compreender a resolução de equações de 2º grau e saber utilizá-las em contextos práticos; Compreender a noção de função como relação de interdependência entre grandezas; Saber expressar e utilizar em contextos práticos as relações de proporcionalidade direta entre uma grandeza e o quadrado de outra por meio de uma função de 2º grau.

Recuperação: Trabalhar a resolução de problemas envolvendo equações de 2º grau de forma contextualizada.

Referências: Currículo de Matemática (SEE-SP); Matriz de Referência do Saresp.

Plano de Aula


Conteúdo: Equação do 2º grau
Objetivo Geral: Compreender e explorar em diferentes contextos os processos de cálculos para resolução de equações de 2º grau e enfrentamento de situações-problema envolvendo equações.
Objetivos específicos: estudar as equações do 2º grau com uma incógnita, incluindo os procedimentos de resolução e as propriedades que envolvem as raízes dessas equações e a resolução de alguns problemas que utilizam equações desse tipo.
Justificativa: Justifica-se este estudo, pois, contribuirá com entendimento referente à utilização da equação de 2º grau em nosso dia-a-dia; o estudo da equação demonstra a necessidade de conhecimento de  formas de resolução, relacionando aplicações e aspectos históricos.
Instigar a curiosidade e interesse do aluno são peças chave para a aprendizagem.
Procedimentos: Serão utilizadas 3 aulas.
1ª aula
Levantamento dos conhecimentos prévios que os alunos possuem sobre equação através da roda de conversa;
- Contextualização histórica sobre o surgimento das equações de 2º grau a partir da leitura de um texto de cunho didático;
- Proposição de um problema envolvendo a transposição da situação para uma equação do 2º grau.
2ª aula
- Retomada do problema proposto na aula anterior e da equação gerada a fim de buscar soluções para a equação por meio do método de completar quadrados;
- Proposição de um novo problema com o objetivo de permitir que os alunos transcrevam a situação para a linguagem matemática através de uma equação do 2º grau e busquem maneiras de resolvê-la
3ª aula
- Retomada do problema proposto na aula anterior e da equação gerada a fim de buscar soluções para a equação por meio do método de completar quadrados;
- Proposição de um novo problema com o objetivo de permitir que os alunos transcrevam a situação para a linguagem matemática através de uma equação do 2º grau e busquem maneiras de resolvê-la.
Recursos: Lousa, giz, material impresso.
Avaliação: Ao longo de todo o processo com observação do ponto de partida do alunos e de seu desenvolvimento quanto ao entendimento do conteúdo equação do 2º grau.


"Os ouvidos de um menino estão em suas costas"

     Há aproximadamente 4 000 anos, na antiga Babilônia, aprendizes de escriba frequentavam as escolas do amanhecer ao pôr do sol.
Durante dez anos, aprendiam a escrever cerca de 700 sinais e a efetuar cálculos matemáticos, suportando  rígida disciplina, às vezes até algumas chicotada.
     Era como se o chicote pudesse mesmo abrir-lhes os ouvidos...
     Foi um desses escribas que inscreveu e resolveu, numa placa de argila, a primeira equação do 2º grau completa que a História registrou.
     Como o escriba resolveu totalmente em palavras essa equação?
     Como o modo de escrever as equações do 2º grau foi se aperfeiçoando ao longo dos séculos, até a descoberta da fórmula?

Para responder a essas perguntas, leia: "Contando a História da Matemática: História da Equação do 2º grau" - Oscar Guelli - Editora Ática. 

O Professor como tecelão de significados

     Na construção dos significados, o verbo que mais bem caracteriza a ação docente é tecer. O conhecimento é como uma grande rede em que sobressaem os nós e as relações. As noções, os conceitos são os nós; cada nó é constituído por um feixe de relações aprendidas/ compreendidas.
     Ao organizar suas ações, o professor constrói os nós/significados, articulando por meio de relações as noções a serem aprendidas com outras já conhecidas, tecendo, assim, uma rede de significações. Como se começa a construir tal rede não é um problema escolar. Nenhum aluno chega à escola sem rede alguma: a aprendizagem da língua na forma oral já garante uma teia inicial, a ser desenvolvida, completada ou depurada na escola.
     Ao preparar seu curso, o professor arquiteta um percurso para navegar sobre tal rede. Organiza e encadeia etapas a serem percorridas, privilegiando relações que são percebidas, vivenciadas e valorizadas no contexto escolar, e, sobretudo, levando em consideração o interesse despertado nos alunos.


Machado, Nilson José  
Educação - microensaios em mil toques. Escrituras. 2010 - Volume II - p.45

sábado, 4 de maio de 2013

A leitura, a escrita, o luxo

     Ler, escrever e contar é o que deveria resultar dos estudos escolares, diziam nossos avós. No antigo Egito, a leitura era ensinada a todos, mas o ensino do cálculo não era generalizado e a escrita era destinada apenas aos filhos das classes dominantes. Em Roma, os escravos que conduziam tais crianças à escola eram chamados "pedagogos". Em latim, paidòs é criança, e agogòs, condutor. Os pedagogos aprendiam a escrita para poder ajudar as crianças em seu aprendizado.
     Hoje, é incompreensível uma dissociação entre a leitura e a escrita. A expressão de si e a compreensão do outro são competências complementares. Ler é fundamental para seguir regras com consciência, mas a expressão pessoal é vital, e a escrita é essencial para isso. A oralidade esvanece, a escrita permanece. Animais comunicam-se oralmente; a peculiaridade do ser humano reside na escrita.
     É preciso ler e compreender o mundo, mas, na escola da vida, temos o livro de presença. Decididamente, a escrita não é um luxo.

Machado, Nilson José
Educação - microensaios em mil toques. Escrituras.  Volume II - p.137